Tecnologia manezinha no combate ao novo coronavírus ganha o mundo
Soluções desenvolvidas por empresas da Capital catarinense, como antimicrobianos e testes rápidos, inovam as formas de detecção na tentativa de bloquear a disseminação do vírus altamente contagioso
PATRÍCIA PERON, ESPECIAL PARA O ND, FLORIANÓPOLIS16/05/2020 ÀS 08H00
Se as mudanças na rotina com a pandemia já foram difíceis para a maioria da população, para os idosos, principalmente os com dificuldades de locomoção, essa situação é particularmente agravada no dia a dia. Neste mês, os moradores do Asilo Irmão Joaquim, de Florianópolis, receberam um reforço para higienizar as mãos de forma mais eficiente, com a doação de um novo produto desenvolvido pela cientista Fernanda Checchinato, doutora em ciência e engenharia de materiais pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e CEO da startup Aya-Tech.
Ela criou uma linha de antissépticos para as mãos que não leva álcool na composição, o que beneficia pessoas com a pele sensível, além de ter durabilidade bem maior. Um dos produtos desenvolvidos por Fernanda fica ativo na mão de três a seis horas, e tem 99,9% de eficiência contra bactérias, fungos e vírus, como o novo coronavírus, H1N1, Influenza A, entre outros.
Jonnara Furtado Nunes, enfermeira do asilo, diz que o gel chegou em bom momento e tem ajudado muito na higiene diária dos moradores. “Hoje é de extrema importância que hábitos de limpeza e higiene se tornem rotineiros em nossas vidas. Aqui em nossa instituição já zelamos e priorizamos esse tipo de cuidado com o espaço físico que vivemos, mas com a Covid-19 nossos cuidados se intensificaram e aumentou nosso consumo de materiais de higiene pessoal. Por já terem a pele mais sensível, que precisa ser hidratada frequentemente, os efeitos do uso prolongado e constante do álcool em gel ressecam as mãos dos idosos. Esse novo gel antisséptico que recebemos tem sido muito eficaz, eles têm usado bastante o produto”, conta.
A eficiência do gel, explica Fernanda Checchinato, se deve aos componentes presentes em sua composição: óleo essencial de melaleuca, clorexidina e dihidrocloreto de octenidina, um potente antibacteriano de amplo espectro muito utilizado em procedimentos médicos. “Ele pode proteger sem causar desconfortos, como ressecamento e alergias, e também evita acidentes domésticos que podem ocorrer com uso do álcool gel, por exemplo”, esclarece.
Fernanda Checchinato, doutora em ciência e engenharia de materiais pela UFSC e CEO da startup Aya-Tech, desenvolveu produto para quem tem pele sensível ao álcool – Foto: Divulgação/ND
A inovação do produto e sua relevância fizeram com que a empresa de Fernanda fosse convidada recentemente a fazer parte da campanha #StartupsVsCovid19, promovida pela Gonew.co (Comunidade Governança & Nova Economia), com apoio da ABStartups (Associação Brasileira de Startups). A iniciativa reúne as principais soluções criadas por startups para minimizar o impacto da pandemia no país.
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