Pragas urbanas: como evitar as principais e controlar infestações
Baratas, mosquitos, escorpiões e afins podem trazer diversos problemas para sua saúde. Saiba como se proteger das pragas urbanas e aprenda a eliminá-las
Água, alimento, abrigo… De barata a pernilongo, passando por ratos e formigas, esses bichos dispõem de tudo que precisam para viver e se multiplicar nas grandes cidades. Mais que nojo ou fobia, a presença deles em casa pode representar uma séria ameaça à família. Chegou a hora de conhecer as pragas urbanas em detalhes para evitar ou acabar com as visitas indesejadas:
Barata
Não acredite naquela ladainha de que elas seriam as únicas sobreviventes a uma bomba atômica. Mas o fato de não serem tão resistentes a tamanha radiação não significa que esses insetos tenham pouca versatilidade — muito pelo contrário. Eles moram em qualquer canto e passam semanas sem comer ou beber nada.
Além de provocarem repulsa quando aparecem no ambiente doméstico, as baratas carregam um monte de bactérias, vírus e fungos do esgoto. “São micro-organismos que originam uma série de moléstias nos seres humanos”, avisa o biólogo Francisco José Zorzenon, do Instituto Biológico da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
E isso sem contar que os fragmentos de seu corpo (patas, asas, antenas…) são gatilhos de reações alérgicas e crises de asma em pessoas mais sensíveis.
Como evitar: A palavra de ordem é higiene. Não deixe comida à mostra e faça faxinas regulares, especialmente na cozinha e no banheiro. E sempre mantenha os ralos fechados.
Como eliminar: Se você vir uma ou outra, os inseticidas em aerossol (ou o bom e velho chinelo) dão conta do recado. Quando há muitas, o melhor é contratar um serviço especializado de dedetização.
Fique de olho nelas
- Periplaneta americana: Cascuda e voadora, é a espécie mais conhecida. Dá as caras no verão.
- Blatella Germanica: Menorzinha, é um tormento em mercados, padarias e fábricas.
Mosca
Ela deposita seus ovos em fezes ou material em decomposição. As larvas se desenvolvem nesses locais, até crescerem para ficar zanzando por aí, entre porções de comida e cocôs expostos. Dá pra imaginar que as patinhas delas não são lá muito limpas, não é mesmo?
“A situação é mais preocupante em bairros próximos de lixões”, afirma o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Flechtmann, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Ilha Solteira.
Como evitar: Carnes, frutas, legumes, verduras e outros alimentos frescos precisam ficar a geladeira ou guardados em recipientes. Assim, as moscas não vão pousar neles, o que diminui o risco de chabus intestinais e até de verminoses.
Como eliminar: Inseticidas ajudam um pouco, mas não resolvem a questão definitivamente. Resta cobrar as autoridades por políticas para a limpeza e o cuidado com áreas públicas, bem como a realização de obras de saneamento básico e tratamento de esgoto.
Mosquito
Nenhum ser vivo se adaptou melhor ao ambiente urbano que esse bicho alado. As metrópoles trazem tudo que os mosquitos desejam: água parada, calor e muito sangue disponível.
Como se não bastassem as picadas na pele, algumas espécies transmitem vírus que causam dengue, zika, chikungunya e febre amarela — só pra citar quatro exemplos de doenças que assolam o Brasil há algumas décadas.
“O dilema é que não adotamos uma cultura de prevenção com as estratégias que possuímos, como a eliminação de criadouros e o uso de produtos químicos”, lamenta a engenheira química Fernanda Cecchinato, CEO da Aya, empresa que acaba de lançar o primeiro repelente de insetos para roupas e tecidos.
Como evitar: Faça sua parte: vede ou jogue fora qualquer reservatório de água que tiver em casa, de pneus a tampas de garrafa. Limpe com sabão as calhas e os pratinhos das plantas.
Como eliminar: Incentive os vizinhos a adotar o mesmo procedimento para que o bairro todo fique protegido. Repelentes e inseticidas em aerossol ou de tomada são bem-vindos para afugentar o inseto.
Fique de olho neles
- Aedes aegypti: O maior vilão de todos. Está por trás de dengue, zika e chikungunya.
- Aedes albopictus: Gosta mais de áreas com mata. Tem a capacidade de passar alguns vírus.
- Culex quinquefasciatus: É o pernilongo. Em algumas regiões, transmite o parasita da elefantíase.